Urânio para Novas Usinas Nucleares

Uma matéria publicada no Valor Econômico em 01/02/2013 me chamou atenção: o Dr. Leonam Guimarães, engº naval e nuclear alerta que hoje a produção de urânio no mundo todo não atende a demanda das usinas em operação, com um déficit de 12 anual mil toneladas (dados do World Nuclear Association, WNA). Há um programa de desmantelamento das armas nucleares dos EUA e da Rússia (Megatons por Megawatts) que fornece 10 mil t/ano, suprindo a lacuna. Esse progama, que expira no fim de 2013, precisa ser continuado. També há um processo de re-enriquecimento de urânio, em reciclagem, e um efeito pós-Fukushima no Japão, que fez os preços caírem para R$20,00/kg. Mas há hoje (2013) 65 usinas em construção no mundo (1 no Brasil), 160 em planejamento (4 no Brasil) e 340 propostas (4 no Brasil). Com isto o preço do urânio deve aumentar muito. Que consequências haverá para esse mercado e para os preços da energia elétrica produzida? Sigo achando que o melhor custo-benefício é a eólica, se o governo quiser.

Perigos da Direita

A direita é aceitável, mas a direita extremista é ditadura nazi-fascista que, às vezes, se mostra desmascarada por estes inevitáveis doido varridos, como o norueguês. Não nos esqueçamos que Hitler chegou ao poder por eleições democráticas. É por isto que em muitos países democráticos o único veto é aos partidos nazistas. Espero que isto faça a Europa acordar e perceber que a extrema direita que está em voga é perigosamente auto-destrutiva, anti-humanista e não uma via para a felicidade

Plástico de Etanol

Segue o desenvolvimento do etanol de cana nos mais diversos produtos com o lançamento da embalagem "PlantBottle" pela Coca-Cola que deve chegar em abril de 2010a diversas capitais brasileiras. A nova garrafa é produzida com 30% de etanol e 70% de derivados de petróleo.
A logística de produção é bastante internacionalizada: o etanol vai do Brasil para a Índia onde é produzido um sub-produto chamado "bio-Meg" que tem forma de tubos plásticos, que vão para o Uruguai onde se transforma nas embalagens definitivas, que vem para o Brasil de volta. Apesar de todo este transporte, a empresa afirma que o produto emite 25% menos CO2 que a convencional, percentual que deve crescer bastante a partir de 2014, quando o bio-Meg deve ser inteiramente produzido no Brasil, e mais ainda quando a tecnologia conseguir produzir 100% da embalagem a partir do etanol.

Não precisamos nos preocupar com as florestas, pois não há desmatamento significativo para plantio de cana por aqui, diferentemente do que os produtores de etanol americanos e europeus querem nos fazer crer. O problema a ser resolvido, neste momento, é como recuperar as inúmeras áreas que foram usadas pela agropecuária no passado e, exauridas, foram abandonadas. Numa viagem pela Dutra, repare na quantidade de morros que só tem pasto sem serventia e note que muito próximo existem matas. O morro pelado foi desflorestado, usado e abandonado. Precisamos desenvolver ações efetivas de recuperação de áreas degradadas (RAD) em todo o país, para que as culturas úteis possam se expandir sem afetar os biomas que queremos proteger.

James Cameron em Brasília

O diretor de cinema James Cameron está sendo aguardado em Brasília para um protesto contra a Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte nesta segunda-feira, dia 12/04.
Assim como nós, cidadãos do mundo brasileiros e de outras nacionalidades, temos opinião sobre as ingerências americanas sobre os palestinos, sobre o Iraque, somos contra o bloqueio injusto a Cuba, dentre tantas outras situações, e muitas vezes fazemos protestos na frente de embaixadas americanas, os americanos também tem o direito de opinar sobre uma obra que vai contribuir no efeito estufa de todo o planeta. A energia gerada em Belo Monte é muito variável, porque o rio Xingu seca muito no meio do ano; a área alagada é imensa e a floresta ficará submersa emitindo metano e não temos tecnologia em escala para evitar isto; nosso potencial de energia eólica é absolutamente não explorado, a energia sairá relativamente mais cara que em outras UHE: são tantos os fatores para não construir esta usina que a ajuda de Cameron é, sim, bem vinda.
Não creio que o governo se sensibilize para mudar seus planos, mas devemos fazer todo o possível para evitar esta construção mosntro.

Hidrelétricas em leilão

O Ministério das Minas e Energia, através da sua Empresa de Pesquisas Energéticas, está anunciando que vai leiloar mais 13 hidrelétricas, com potencial de 4,6 GW. Energia hidrelétrica é apenas relativamente limpa. O processo de construção é muito danoso social e ambientalmente e o lago formado afoga toda a vida vegetal que havia no local, o que libera metano durante décadas. Esse gás poderia ser aproveitado mas ainda não há tecnologia garantida para fazê-lo. A EPE deveria ter desenvolvido a energia eólica no Brasil há muito mais tempo, mas sempre mostrou preconceito, afirmando que esta fonte era muito mais cara e espantou-se com o resultado do leilão de 2009, pois houve um imenso interesse por um preço muito abaixo do que ela esperava. Isso mostra que este mercado está pronto para ajudar o país em seu crescimento. Está na hora de acelerarmos os leilões de eólicas em larga escala e abrir caminhos para fazer o mesmo com energia solar em pequena escala, estudando tecnologias. Não podemos esquecer que o combustível para estas fontes é grátis. O potencial eólico brasileiro, se considerados ventos de 7 m/s, é estimado em mais de 140 GW, maior que todoa a energia de que dispomos hoje, consideradas todas as fontes!

Etanol na Europa

Depois de o governo da Califórnia (EUA) e da EPA (equivalente ao nosso MMA nos EUA) aprovarem nosso álcool como ambientalmente correto, agora foi a vez de a União Europeia fazer o mesmo. O estudo, chamado "Comércio Mundial e Impact Ambiental do Mandato da UE sobre Biocombustíveis", do International Food Policy Resarch Institute - IFRI, avalia o etanol de primeira geração e aponta a possibilidade de o combustível brasileiro reduzir em até 71% a emissão de GEE em comparação com os fósseis, o que não é pouco. O melhor é que o estudo foi divulgado pela área comercial do bloco, denotando a intenção de realmente superar as atuais barreiras e preconceitos.
Acredito que se seguirmos as boas práticas de diversas empresas do setor, usando adubos orgânicos, colhendo mecanicamente, evitando queimadas, aaproveitando o bagaço em térmicas, implementando programas sociais e, principalmente, recuperando áreas degradadas, que são milhões de hectares, dentre outros, esta cultura pode ser benéfica ao desenvolvimento sustentável do Brasil e de outros países pobres, na faixa tropical e todo o mundo. Para isto a política externa comercial brasileira de espalhar as tecnologias do setor são fundamentais.